ESTUDIO SAMONTE
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terça-feira, 6 de maio de 2014
terça-feira, 25 de março de 2014
sábado, 22 de março de 2014
NARRATIVA - SEDE DE VINGANÇA
Sede de Vingança
Para mim que deitar em uma cama macia e quentinha era tão
natural quanto respirar, agora tenho que me contentar em estar vivo, nesse
cubículo mal iluminado, com um mero basculante engradado.
Chamo-me P.C. Junior, e você deve estar se perguntando o
porque de eu estar nessa situação precária. Bem, a explicação é simples: Eu fui
sequestro.
Pediram meio milhão de dólares pelo meu resgate. O que é uma
quantia pequena, considerando que eu sou um garoto de doze anos com um Q.I.
elevado, com um pai que é bilionário e
tem condições de pagar o triplo – até mais – deste valor. E que pai que
gostaria de perder um filho prodígio como eu?
Mas eu entendo o motivo de eles não terem exigido um valor
absurdamente maior. Chamaria muita atenção e levantaria muitas suspeitas se meu
pai fizesse uma retirada de dinheiro tão grande, e tudo o que eles não querem é
levantar suspeitas, ainda mais da policia.
Somente uma coisa não se encaixava... Mas eu vou tentar não
ficar pensando nisso, no pior.
No bilhete que meus sequestradores escreveram, informava
somente aonde deixar o dinheiro, não dizia quando e como iriam me soltar.
A maleta com o dinheiro deve ser deixada atrás da banca de
jornal. A dona dessa banca dessa banca se chama Fátima Zoraide, é uma mulher no
mínimo estranha, que ama comer doces, usa roupas largas e muitas bijuterias,
ainda se dizia vidente.
A gente já conversou às vezes, quando eu ia ate lá para
comprar alguma revista de ciências ou algum livro. Não sei se ela consegue
mesmo prever o futuro, sempre fui muito cético a isso. Só sei que ela estava
certa quando me parou no meio da rua, com os olhos totalmente brancos, dizendo
que eu corria um grande perigo, que era para eu ter cuidado.
Apesar dessa sua estranheza achava a Fátima uma pessoa
legal.
Mesmo estando trancafiado naquele lugar, acabava sabendo
através de conversas entrecortadas de alguns capangas, como andava as coisas do
meu sequestro.
Acabei descobrindo que meu tio Dorisgleison Silva, um ex –
detetive sem expectativas estava ajudando meu pai Phillip. Quando eu era
criança considerava meu tio um herói,
mais hoje em dia acho somente que é um bêbado decadente. Só espero que ele
consiga resolver esse caso.
Mais um dia se passa e chega a hora dos meus sequestradores
pegarem o dinheiro do resgate. Ao que parece ocorreu tudo bem, e no lugar da
maleta eles deixaram um bilhete informando que iriam me soltar na estação de
trem abandonada, à meia noite do dia seguinte. Se tivesse algum policial no
local iriam me matar na hora.
Na hora da minha entrega eles me encapuzaram como fizeram no
dia do meu sequestro, enquanto voltava das minhas aulas avançadas.
Quando chegamos ao local marcado tiraram o capuz. Sai do
carro com um dos capangas segurando firme meu braço e parando na linha de
ferro, esperando a chegada do meu tio e do meu pai.
Depois de alguns minutos eles aparecem. Meu pai estava com
uma expressão angustiada no rosto, enquanto meu tio Dorisgleison, estava meio
acuado, provavelmente com medo de falhar novamente.
- Já lhe dei tudo o que vocês queriam, agora solte meu filho
– gritou meu pai, para o capanga.
Neste momento se ouve um barulho vindo da porta do carro em
que eu estava se abrindo, e uma silhueta vinha em nossa direção.
- Como é bom te ver novamente Dirisgleison, você com toda a
certeza é o detetive mais incompetente que já conheci – O homem sai das sombras
revelando o seu rosto grotesco, cheio de cicatrizes profundas. Ao mesmo tempo
em que seus capangas imobilizavam meu e meu tio.
- Demetri? – Meu tio indaga, enquanto eu ficava confuso.
Eles se conheciam?
- Saudades? Pelo que te conheço a polícia irá chegar dentre
quinze minutos, o tempo mais que necessário para acabar o meu serviço.
- Eu não entendo, por que você sequestrou o garoto? Você é
um matador de aluguel e não um sequestrador – Dizia meu tio Dorisgleison.
- Há mais o sequestro do garoto foi somente uma isca para
trazer Phillip, até aqui e também deu algum lucrinho esse servicinho extra de
sequestrador. Mais real motivo é que fui
pago para levar a cabeça de Phllip – explica Demetri.
- Eu não estou entendendo mais nada. Vocês se conhecem? –
Consegui indagar ainda sendo segurando firme pelo meu braço.
- Fui eu quem matou o último cliente do seu titio, este não
consegui impedir o assassinato – Explicou – Deitem-no no chão e coloque Phillip
de joelhos – Ordenou Demetri, aos seus capangas que o obedeceram.
Demetri andou em direção ao meu tio Dorisgleison, pegando em
sua bainha um revólver, se agachando e dan do um soco na caro do meu tio, para
logo depois colocar o revolver em sua boca.
- Como você não irá conseguir impedir mais um assassinato,
vou te ajudar à acabar com essa sua vida medíocre – Ouvi Demetri pronunciar
aquelas palavras e depois o barulho de um tiro sendo ecoado pelo local.
- Não! – Gritei enquanto via o sangue escorrer da cabaça do
meu tio. Sentia as lágrimas encherem meus olhos, enquanto tentava me soltar
daquele aperto em meu braço inutilmente.
Vi então Demetri, se encaminhar em direção ao meu pai. Desdo
o comaço achava estranho eles não venderem minha cabeça para algum Gangster, ou
os tantos inimigos de meu pai. Mas não era a minha cabeça que eles queriam.
Para que a minha cabeça, sendo que podiam ter a cabeça de meu pai em uma
bandeja.
Demetri, pega uma katana das mãos de um de seus capangas e
decapita meu pai. Antes disso ouvi as palavras eu te amo sair da sua boca. Sua
cabeça pende para trás, caindo no chão rolando aos pés de Demetri. Enquanto sua
camisa social branca era manchado pelo seu sangue.
O capanga de Demetri solta meu braço finalmente e eu caio no
chão estático, sentindo as lágrimas queimarem meu rosto.
Prometo um dia me vingar!
FIM!
Maria Clara de Castro Borges
quinta-feira, 20 de março de 2014
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